Por que 25% do PIB está sendo gerido por apenas 3% de profissionais capacitados?
Uma conversa reveladora sobre educação, liderança e o futuro de um setor que alimenta o mundo mas não consegue alimentar seus próprios talentos

O paradoxo do gigante analfabeto
Sabe qual é a maior mentira que contamos a nós mesmos? Que o sucesso passado garante o futuro.
O agronegócio brasileiro representa 25% do PIB nacional. Repito: vinte e cinco por cento. Um quarto de toda a riqueza que este país produz vem da terra. E ainda assim - preparem-se para o soco no estômago - temos apenas 3% de profissionais realmente capacitados para gerir esse império.
3%.
É como ter um Ferrari com motor de Fusca. Ou pior - é como ter o motor de um foguete sendo operado por pessoas que mal sabem trocar óleo.
Recentemente, analisei uma conversa extraordinária entre Diogo Lucchieri Frutoso e Felipe, fundador da Cumbri, uma das poucas empresas que está tentando resolver este problema monumental.
O que emergiu não foi apenas mais uma discussão sobre educação no agronegócio - foi um diagnóstico brutal de por que estamos formando agrônomos que não sabem liderar, líderes que não sabem gerir, e gestores que não sabem inovar.
A universidade como fábrica de obsolescência
Felipe trouxe um dado que deveria fazer qualquer reitor perder o sono: temos 280 instituições oferecendo agronomia no Brasil. Noventa e três mil vagas por ano. E o que produzem?
Técnicos.
Apenas técnicos.
"Eu me formei, eu não tinha conhecimento", Felipe admite com uma honestidade rara. Ele não tinha soft skills. Não tinha habilidade de liderança. Não tinha habilidade de gestão. E o mais perturbador? Seus pares também não tinham.
É como formar médicos que sabem operar mas não sabem falar com pacientes. Ou advogados que conhecem todas as leis mas não sabem argumentar.
O problema com a educação fossilizada
O professor do post-it amarelo
Diogo compartilha uma anedota que é ao mesmo tempo cômica e trágica. Um professor da UNESP que usava o mesmo post-it amarelado há anos. "Se roubar o post-it do professor, ele não sabe mais dar aula", os alunos brincavam.
As mesmas provas há 15 anos.
O mesmo conteúdo há 30.
Isso não é educação. É arqueologia.
Enquanto o mundo acelera exponencialmente, nossas universidades operam como se ainda estivéssemos em 1950. E o resultado? Profissionais que saem da faculdade e descobrem que aprenderam a jogar damas em um mundo que exige xadrez tridimensional.
A armadilha do técnico promovido
"A gente tem aquele profissional que é um ótimo RTV, um ótimo comercial, vai para um cargo de gestão, sem medir palavras, um péssimo gestor", Felipe observa com precisão cirúrgica.
Isso é o Princípio de Peter em ação - promovemos pessoas até o nível de sua incompetência. E no agro, isso é epidêmico.
Por quê?
Porque 80% dos agrônomos vão para a área comercial. Não por vocação. Por falta de opção. E quando se destacam vendendo, são promovidos a gerentes. Súbito, o melhor vendedor se torna o pior líder.
É como promover seu melhor cirurgião a administrador de hospital. Você perde um grande cirurgião e ganha um péssimo administrador.
A crise de liderança no agronegócio
50% das demissões por um único motivo
Felipe solta uma bomba: "50 ou 70% das pessoas pedem demissão pelo motivo principal que é o líder direto delas."
Pause e pense nisso.
Metade a três quartos dos profissionais do agro não deixam empresas. Deixam chefes.
"Ele é chefe, ele é uma pessoa que não entende as particularidades de cada pessoa", Felipe elabora. É a diferença entre um maestro e alguém que apenas balança a batuta.
O jogo de xadrez da liderança
Diogo traz uma metáfora poderosa: "A vida profissional é um jogo de xadrez quando você está jogando com vários parceiros que você não conhece."
E Felipe complementa com precisão: "Liderar não é um jogo de damas, onde as peças são iguais. É um jogo de xadrez. Cada peça se movimenta de um jeito."
Liderança no agro não é sobre comandar. É sobre orquestrar. Não é sobre uniformizar. É sobre harmonizar diferenças.
Mas quantos líderes do agro entendem isso? Quantos foram preparados para isso?
O problema da inovação sem coragem
Hubs de inovação ou teatros corporativos?
"Hub disso, hub daquilo, hub aqui, hub lá", Felipe observa com ceticismo saudável.
Toda empresa do agro agora tem um hub de inovação. É o novo must-have corporativo. Como ter uma missão na parede que ninguém lembra ou valores que ninguém pratica.
Mas aqui está a verdade inconveniente: você não pode inovar com medo de errar. E o agro brasileiro tem pavor do erro.
O paradoxo da meta anual vs.inovação
Felipe toca em um nervo exposto: "Se você tem o resultado anual, o colaborador, por vezes, só está olhando aquele ano."
Como você pede inovação - que é investimento de longo prazo - quando você remunera apenas resultados de curto prazo?
É como plantar eucalipto esperando colher em 90 dias. A natureza não funciona assim. A inovação também não.
Diogo adiciona uma camada de complexidade: "Cara, a gente precisa ser inovador. Sim. Beleza? Nós precisamos investir para ser inovador. Pode ser que dê certo, como pode ser que dê errado."
Mas as empresas querem inovação sem risco. Querem disrupção sem disruption. Querem mudança sem mudar.
A Digitalização do Campo: Oportunidade ou Miragem?
O TikTok do Agro
"Tem um estudo que fala, pô, a gente tem muito menos pessoas do agro dentro do TikTok. Só que a taxa de conversão é muito maior", Diogo revela.
Isso é fascinante. Menos pessoas, mais conversão. Quality over quantity. Mas quantas empresas do agro estão dispostas a investir em uma plataforma "de jovem" para falar com produtores?
É mais fácil continuar fazendo o que sempre fizeram. Feira. Banner. Outdoor. As mesmas coisas que funcionavam em 1990.
O ROI Invisível das Feiras
"Por que eu vou investir R$ 3 milhões numa feira?", Diogo questiona. "Qual é o retorno real que eu tenho sobre isso?"
Ninguém sabe.
Literalmente, ninguém sabe.
As empresas gastam milhões em feiras porque "sempre fizeram assim". Porque "é importante ter presença". Porque "os concorrentes estão lá".
Isso não é estratégia. É mimetismo corporativo. É fazer marketing como um cargo cult - repetindo rituais sem entender o propósito.
A Transformação Através da Educação Direcionada
O Problema do Conhecimento Não Aplicado
"Eu fui buscar MBAs e outros cursos", Felipe conta. "Eu confesso pra você que eu não encontrei na totalidade o que eu buscava, que era conhecimento prático aplicado ao agronegócio."
Isso é o problema de toda educação executiva no Brasil. É genérica. É one-size-fits-all. É como comprar um terno na loja de departamentos esperando que sirva perfeitamente.
O agro não é a indústria. Não é varejo. Não é tech. Tem suas particularidades, seus ciclos, sua cultura. E a educação precisa refletir isso.
200 Profissionais em Um Ano
A Cumbri já formou mais de 200 profissionais. Em um ano.
Isso pode parecer pouco comparado às 93 mil vagas anuais das universidades. Mas esses 200 estão realmente preparados. São 200 agentes de mudança, não 200 diplomas ambulantes.
É a diferença entre formar soldados e formar generais. O agro não precisa de mais soldados. Precisa de líderes.
O Futuro do Desenvolvimento de Talentos no Campo
A Parceria com a Academia
A Cumbri fez algo brilhante - parceria com o Centro Universitário Integrado. Seus cursos fazem parte da grade obrigatória.
Isso é desenvolvimento de talentos no campo feito certo. Não é substituir a universidade. É complementá-la. É adicionar o molho especial que transforma um sanduíche comum em gourmet.
"Esse profissional já sai um pouquinho melhor ali da faculdade", Felipe observa com modéstia calculada.
Um pouquinho? É a diferença entre sair pronto para ser assistente e sair pronto para ser protagonista.
O Despertar da Consciência
"O profissional precisa se desenvolver também nesses aspectos", Felipe insiste. "Ele vai perceber depois de cinco anos."
Cinco anos perdidos.
Cinco anos sendo técnico quando poderia ser líder. Cinco anos reagindo quando poderia estar criando. Cinco anos seguindo quando poderia estar liderando.
No agro, cinco anos são duas safras e meia de soja. É tempo demais para desperdiçar.
A Questão da Diversidade Como Vantagem Competitiva
80% Homens, 100% dos Problemas
"Quando você pega o setor comercial do agro, a gente fala que é 90%, 95% masculino", Diogo observa.
Isso não é apenas uma estatística. É um sintoma.
Quando você tem um setor dominado por um único perfil, você tem groupthink. Você tem blind spots. Você tem as mesmas soluções para os mesmos problemas que não estão sendo resolvidos.
Diogo continua: "Hoje a gente tem majoritariamente mulheres trabalhando. No meu time, praticamente, acho que são mais de 80% de mulheres."
E o resultado? Perspectivas diferentes. Soluções diferentes. Resultados diferentes.
O Medo da Heterogeneidade
"É muito mais difícil você liderar uma equipe diversa do que uma equipe de iguais", Felipe admite.
Claro que é.
Diversidade é caos controlado. É jazz, não música clássica. É improvisação dentro de estrutura.
Mas aqui está o segredo: "Times mais diversos entregam mais resultados. As empresas se tornam mais sustentáveis."
Sustentabilidade real, não a de relatório ESG. Sustentabilidade que vem da resiliência, da adaptabilidade, da capacidade de ver problemas de múltiplos ângulos.
A Autorresponsabilidade Como Diferencial
"A Obrigação do Treinamento é da Empresa"
Felipe toca em um tabu: "Muitos profissionais que estão em empresas falam assim, a obrigação do treinamento é da empresa."
Errado.
Fundamentalmente, tragicamente errado.
"A tua carreira é a tua vida", ele martela. "Onde que você quer chegar? É a empresa que vai te garantir onde você vai chegar ou você que vai garantir?"
Isso é a diferença entre ser passageiro e ser piloto. Entre ser espectador e ser protagonista.
O Eterno Inconformado
"Eu me intitulo como o eterno inconformado", Diogo confessa. "Meu time está bom, mas pode ficar melhor."
Isso não é perfectionism tóxico. É inovação agrícola em sua essência. É o mesmo espírito que faz um produtor buscar mais uma saca por hectare quando já está no topo da produtividade.
Mas quantos profissionais do agro têm essa mentalidade? Quantos estão confortáveis na mediocridade dourada de um cargo estável em uma multinacional?
O Problema do Treinamento Sem Treinador
A Analogia do Cirurgião
Diogo compartilha uma história poderosa sobre um cirurgião famoso que contratou alguém para avaliar suas cirurgias.
"Eu fiquei um ano fora da minha zona de conforto", o cirurgião admitiu.
Isso é humildade radical. É reconhecer que mesmo no topo, você pode melhorar. Mas requer coragem que poucos têm.
Todo Atleta de Elite Tem Um Treinador
"Quando você vê todos os esportes de alta performance, todos, sem exceção, existe um treinador", Diogo observa.
Tiger Woods tem treinador. Serena Williams tem treinador. Messi tem treinador.
Mas o gerente comercial do agro? O diretor de operações? O próprio produtor rural?
Acham que aprenderam tudo que precisam. Ou pior - acham que aprenderão sozinhos, por osmose, por tentativa e erro.
A Digitalização Como Amplificador, Não Substituto
O Equilíbrio Entre Tech e Touch
A Cumbri opera 100% digital, mas planeja ir para o presencial.
Isso é entender que capacitação profissional rural não é sobre escolher entre digital e presencial. É sobre usar cada meio para seu melhor propósito.
Digital para escala. Presencial para profundidade. Digital para conhecimento. Presencial para sabedoria.
A Falácia da Automação Total
"Trabalho muito com a diversidade", Diogo menciona sobre seu time.
Isso é crucial. Em um mundo obcecado com automação e IA, o diferencial continua sendo humano.
Você pode automatizar processos. Não pode automatizar julgamento. Pode automatizar tarefas. Não pode automatizar liderança.
O Custo Real da Incompetência
O Gap de 22%
Pense nisso: 25% do PIB, 3% de profissionais capacitados.
Esse gap de 22% não é apenas um número. É produtividade perdida. É inovação não realizada. É potencial desperdiçado.
Se o agro tivesse profissionais à altura de sua importância econômica, quanto maior seria nossa produtividade? Quanto mais sustentável? Quanto mais inovador?
O Preço da Mediocridade
Cada profissional mal preparado é uma decisão errada esperando para acontecer. É um investimento mal alocado. É uma oportunidade perdida.
Multiplique isso por milhares de profissionais em centenas de empresas, e você tem um setor operando em uma fração de seu potencial.
A Mentalidade de Crescimento Como Imperativo
"Eu Não Me Vejo Fazendo Outra Coisa"
Felipe encontrou seu propósito. Não nasceu com ele - construiu através de "processos e etapas".
Isso é importante. Propósito não é descoberto. É construído. Não é revelado. É forjado.
Quantos profissionais do agro estão esperando que o propósito caia do céu em vez de construí-lo tijolo por tijolo?
A Coragem de Pedir Demissão Sendo o Melhor
"Você acabou de ganhar o prêmio de melhor RTV", disseram a Felipe quando ele pediu demissão.
Isso é coragem real. Sair no topo. Trocar o certo pelo possível. Trocar o seguro pelo significativo.
Mas quantos têm essa coragem? Quantos preferem o conforto dourado da mediocridade corporativa?
O Manifesto da Nova Educação no Agronegócio
Princípios Para Uma Revolução Educacional
- Pare de formar técnicos, comece a formar líderes
- O agro não precisa de mais pessoas que sabem fazer. Precisa de pessoas que sabem pensar, decidir, liderar.
- Conhecimento prático sobre teoria abstrata
- Cases reais, não exercícios hipotéticos. Professores que fizeram, não que leram sobre quem fez.
- Soft skills são hard skills
- Comunicação, liderança, negociação não são "extras". São essenciais.
- Diversidade como estratégia, não como compliance
- Times diversos não porque é politicamente correto, mas porque é economicamente inteligente.
- Inovação com permissão para falhar
- Não pode haver inovação real sem risco real.
- Educação contínua como responsabilidade individual
- A empresa pode pagar. A responsabilidade é sua.
- Mentorias com quem está acima, não ao lado
- Aprenda com quem chegou onde você quer chegar, não com quem está tentando chegar.
- Métricas de longo prazo para objetivos de longo prazo
- Não pode cobrar inovação com métricas trimestrais.
- Tecnologia como ferramenta, não como solução
- Digital amplifica. Não substitui.
- Propósito construído, não descoberto
- Pare de procurar. Comece a construir.
O Futuro Que Já Deveria Ser Presente
A Janela de Oportunidade
O agro brasileiro está em um momento único. Somos o celeiro do mundo. Temos tecnologia. Temos terra. Temos clima.
O que nos falta? Pessoas preparadas para gerir esse império.
A Cumbri e outras iniciativas similares não são luxo. São necessidade. Não são opcionais. São imperativos.
O Preço de Não Mudar
Cada dia que passamos formando técnicos quando precisamos de líderes é um dia perdido.
Cada profissional que sai da universidade despreparado é um multiplicador de ineficiência.
Cada empresa que não investe em desenvolvimento de talentos no campo está financiando sua própria obsolescência.
A Questão da Sucessão No Campo
Filhos de Produtores, Órfãos de Preparação
Felipe é filho de produtor. Teve a "escolha natural" de seguir o pai. Mas quantos filhos de produtores estão realmente preparados para assumir o negócio da família?
Saber plantar não é saber gerir. Conhecer a terra não é conhecer o mercado. Amar o campo não é saber liderá-lo.
A sucessão familiar no agro é uma bomba-relógio. Temos uma geração inteira de patriarcas se aposentando e uma geração de sucessores despreparados.
O Dilema do Conhecimento Tácito
O pai produtor tem 40 anos de experiência. O filho tem diploma.
O pai sabe quando vai chover olhando o céu. O filho sabe ler relatório meteorológico.
O pai conhece cada funcionário pelo nome. O filho conhece KPIs.
Como fazer a ponte? Como transferir sabedoria, não apenas conhecimento?
A Transformação Cultural Necessária
De Fazenda a Empresa
O agro precisa parar de se ver como fazenda e começar a se ver como empresa.
Isso não significa perder a essência. Significa profissionalizar a gestão mantendo a alma.
É possível ter os pés na terra e a cabeça na estratégia. É possível amar a cultura e entender de finanças.
O Fim do "Sempre Foi Assim"
"Sempre fizemos assim" é a frase mais perigosa do agro.
Sempre fizemos feira. Sempre contratamos agrônomos para vender. Sempre promovemos o melhor vendedor a gerente.
E sempre tivemos os mesmos problemas.
Einstein definia insanidade como fazer a mesma coisa esperando resultados diferentes. Por essa definição, o agro está clinicamente insano.
O Papel dos Verdadeiros Agentes de Mudança
Não Mais Gurus, Mas Guias
Felipe é enfático sobre o problema dos "gurus" e coaches sem experiência.
O agro não precisa de mais motivadores. Precisa de educadores. Não precisa de palestrantes. Precisa de professores.
A diferença? Uns falam sobre. Outros ensinam como.
A Validação Pelo Tempo
"Quando você tem alguém que teve cinco anos de resultado... dez anos... vinte anos... é outra percepção de valor", Felipe observa.
Isso é crucial. Em um mundo de overnight successes e influencers instantâneos, o agro precisa aprender com quem tem cicatrizes, não apenas seguidores.
A Urgência Que Ninguém Sente
O Problema da Água Morna
O agro brasileiro não está em crise. Está confortável. E isso é o problema.
Quando você está em crise, você muda. Quando está confortável, você procrastina.
Mas o mundo não espera. A China não espera. Os Estados Unidos não esperam. A tecnologia não espera.
A Competição Invisível
Enquanto debatemos se precisamos de educação especializada, a China está formando milhares de PhDs em agricultura de precisão.
Enquanto discutimos diversidade, Israel está revolucionando irrigação com times multidisciplinares.
Enquanto questionamos investimento em inovação, a Holanda está produzindo mais com menos terra através de educação e tecnologia.
O Chamado Para a Ação
Para os Profissionais
Pare de esperar que a empresa invista em você. Invista em você mesmo.
Pare de culpar o chefe ruim. Torne-se o líder que você gostaria de ter.
Pare de reclamar da falta de oportunidade. Crie sua oportunidade.
A educação no agronegócio não é responsabilidade da empresa. É sua.
Para as Empresas
Pare de promover técnicos a gestores sem prepará-los.
Pare de falar em inovação sem aceitar falhas.
Pare de contratar clones. Contrate diversidade.
Investir em capacitação profissional rural não é custo. É o melhor ROI que existe.
Para as Universidades
Atualizem o post-it amarelo.
Tragam professores que fizeram, não apenas que estudaram.
Ensinem a pensar, não apenas a repetir.
O diploma precisa significar preparação, não apenas conclusão.
O Futuro Já Chegou, Só Não Está Uniformemente Distribuído
William Gibson disse isso sobre tecnologia. Aplica-se perfeitamente à educação no agro.
Empresas como a Cumbri já estão no futuro. Formando líderes, não técnicos. Ensinando a pensar, não apenas a fazer.
Crescendo 1000% ao ano porque estão vendendo o que o mercado desesperadamente precisa.
A questão não é se o agro vai mudar. É quem vai liderar a mudança e quem vai ser atropelado por ela.